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Um ministério de pedras
A expressão "tábuas de pedras" em 2
Coríntios 3:3
tipifica perfeitamente a frieza e
inflexibilidade daquelas leis ritualísticas, ávidas para punir e trazer mais
e mais condenação à humanidade. Que contraste com os princípios de Cristo,
os quais foram gravados nas tábuas de carne do coração!
A lei escrita em tábuas de pedras é
chamada por Paulo em 2 Coríntios 3:7 a 9 de "ministério da morte e da
condenação".
O verso 7 desse texto diz que havia uma
certa "glória" nesse ministério, a qual refletia na face de Moisés, porem
isso era passageiro. Descontente com o brilho que cessava, Moisés punha um
véu sobre sua face antes que o brilho se extinguisse, para que ninguém
pudesse contemplar sua aparência derradeira.
Paulo continua a explicar no verso
13 desse texto que aqueles que estão debaixo dessa lei possuem como Moisés
um véu, impedindo-os de discernir a realidade de que o Velho Testamento foi
substituído pelo Novo Testamento.
A lei sacrificial do Velho Testamento estava apoiada basicamente na
moralidade do indivíduo, mas permitiu a justiça com vinganças e castigos. A
lei de Jesus no Novo Testamento é fundamentada na moldagem do caráter do
indivíduo com ênfase para o perdão e a plena regeneração.
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Tábuas de
pedra
"Porque já
é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não
com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas
tábuas de carne do coração.
E é por Cristo que temos tal confiança em Deus: não que sejamos capazes por
nós de pensar alguma coisa, como de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem
de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento,
não da letra, mas do Espírito, porque a letra mata e o Espírito vivifica.
E se o ministério da morte, gravado com letras em pedras veio em glória, de
maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés,
por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será de
maior glória o ministério do Espírito?
Porque se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em
glória o ministério da justiça. Porque se o que era transitório foi para
glória, muito mais em glória é o que permanece.
E não somos como Moisés que punha um véu sobre a sua face, para que os
filhos de Israel não atentassem para o fim daquilo que era transitório.
Mas os seus sentidos foram endurecidos, porque até hoje o mesmo véu está por
se levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido.
E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles.
Mas quando se converterem ao Senhor, então o véu será tirado" (2 Coríntios
3:3 a 16). |
Apedrejamentos
As pedras estiveram
presentes no Velho Concerto, não somente nas "tábuas de pedra", mas
também
nas punições por apedrejamentos
(Levítico 20:1 a 27; 24:13 a 23) e esses fatos
confirmam que o Velho Testamento pode ser apropriadamente chamado de
"ministério de pedras".
Em uma ocasião, uma
mulher foi surpreendida em flagrante adultério e levada a Jesus pelos
fariseus com o objetivo de o apanharem em alguma palavra.
Como lemos em João 8:4, de acordo com a lei, a punição para adultério
era o apedrejamento até a morte.
Em João 8:3 a 6 está escrito... Os doutores da lei e os fariseus
trouxeram uma mulher apanhada em adultério. Eles a colocaram à frente do
grupo e disseram a Jesus, "Mestre, esta mulher foi apanhada no ato do
adultério. Na lei, mandou-nos Moisés que tais mulheres fossem apedrejadas.
Então, o que dizes?
Eles estavam usando essa pergunta como uma armadilha, a fim de terem
um pretexto para acusarem Jesus. Se Jesus autorizasse o apedrejamento,
estaria indo contra todos os princípios de seus ensinamentos. Por outro
lado, se Ele não autorizasse esse tipo de punição, estaria contrariando a
lei e deixando de cumpri-la.
Ele sabiamente propôs que aquele que
estivesse sem pecado atirasse a primeira pedra. Como não havia ninguém apto
para fazê-lo por causa da consciência do pecado, a mulher escapou da morte.
Jesus seria o único que estaria apto para apedrejar a mulher porque
Ele não tinha pecado, mas não o fez porque o seu objetivo era salvá-la e
não destruí-la (João 8:11).
Vários tipos de delitos eram punidos no VT com o
apedrejamento, desde o adultério e o homicídio até a idolatria e o
trabalho em um Sábado.
No livro de Deuteronômio capítulo 21 estão alguns
casos de punição, que incluem até mesmo o apedrejamento de filhos
rebeldes! (Dt. 21:18 a 21).
O mártir Estevão, que teve a fantástica revelação de que a lei do Velho
Testamento foi trazida por anjos i comandados por Jeová (Atos 7:30, 35,
38 e 53; Gálatas 3:19), foi assassinado por apedrejamento como lemos em
Atos 7:54 a 59.
Nessa ocasião, Paulo ainda era um severo fariseu, discípulo de Jeová e
porisso consentiu com o apedrejamento de Estevão (Atos 8:1).
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A pedra viva e a rocha sólida
Da mesma forma como as tábuas
de pedra e as punições por apedrejamentos estão relacionadas com o Velho
Concerto, a "rocha sólida" e a "pedra viva" estão relacionadas com o Novo
Concerto de Cristo, pois Jesus disse que o homem sábio construiu sua casa na
rocha (Mateus 7:24).
A rocha que sustenta e tem fundamentos sólidos é Cristo (1 Coríntios 10:4; 1
Pedro 2:4 to 8). Ele é também a preciosa pedra de esquina rejeitada pelos
construtores, a qual se tornou a principal.
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Os
judeus rezam diante do "Muro das Lamentações", construído a partir de
pedras antigas em Jerusalém, aguardando pelo Messias que "ainda haverá
de vir".
Eles não reconhecem que a sua fé não está estabelecida na "rocha sólida"
que é o Filho do Deus Pai.
Eles estão cegos para compreenderem que o Velho Testamento se tornou
obsoleto (Hebreus 8:13) e sem utilidade (Hebreus 7:18).
Eles colocam seus pedidos escritos nas frestas existentes entre os
blocos de pedra sobrepostos do Muro das Lamentações, na esperança de
serem atendidos por um "deus" que na realidade, não pode lhes dar a
verdadeira salvação.
Em Romanos 8:31 e 32 lemos: "Israel, que buscava a lei da justiça, não
chegou à lei da justiça. Porque? Porque não foi pela fé, mas como pelas
obras da lei.
Tropeçaram na pedra de tropeço, como está escrito: Eis que ponho em Sião
uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo: e todo aquele que crer
nela não será confundido".
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